Análise: São Paulo revive trauma dos gols perdidos e se complica na semifinal da Copa do Brasil

 


Se Brenner colocasse a bola para o gol aos cinco minutos do segundo tempo ou Luciano acertasse a meta de Vanderlei, do Grêmio, aos 11 minutos da mesma etapa, as próximas linhas dessa análise do São Paulo seriam completamente diferentes.

Os dois atacantes sensações do Tricolor em 2020 - juntos têm 35 gols - desperdiçaram as duas melhores chances da equipe no jogo da última quarta-feira, pela ida da semifinal da Copa do Brasil, quando a partida ainda estava 0 a 0.

Seis minutos depois do lance de Luciano, o São Paulo sofreu com aquele antigo ditado: quem não faz, toma. Diego Souza, ex-São Paulo e tantos outros times, não desperdiçou a única chance clara de gol que teve durante os 90 minutos e garantiu a vitória de 1 a 0 do time gaúcho.

– De maneira geral, quando temos chances em jogos difíceis, temos que fazer o gol. Mas não determinou ainda quem vai para final, só quem ganhou o jogo – afirmou Fernando Diniz após a derrota.
Embora o Tricolor paulista esteja perto dos 100 gols na temporada (já são 96), um dos fatores que minaram a equipe comandada por Fernando Diniz em decisões importantes, como no Campeonato Paulista e Libertadores, foram os gols desperdiçados.

Na última quarta-feira, o são-paulino provavelmente reviveu um filme na cabeça. E agora o time precisa ser eficaz no dia 30, às 21h30, no Morumbi, para vencer por dois gols de diferença e avançar à final da Copa do Brasil para encarar o vencedor de Palmeiras x América-MG. O Grêmio joga pelo empate. E triunfo paulista por um gol leva a decisão para os pênaltis.

Quem não se lembra daquele primeiro jogo do São Paulo na Libertadores, contra o Binacional, na altitude de Juliaca? Pablo teve pelo menos duas chances de definir a vitória naquela ocasião, mas não aproveitou, e o Tricolor foi derrotado.

Até hoje, Diniz fala daquele revés como um dos piores do ano e que tirou as chances de avançar no torneio.

No Campeonato Paulista, diante do Mirassol, não foi diferente. Após sair atrás do placar com um 2 a 0, o São Paulo conseguiu empatar, teve algumas chances de virar, mas novamente falhou no momento crucial e foi eliminado após um terceiro gol do adversário.

Após a chegada de Luciano, esse problema parecia que tinha se resolvido. O São Paulo passou a marcar gols em praticamente todos os jogos. Em seis partidas na Copa do Brasil, por exemplo, foram dez gols marcados. No Brasileirão, o segundo melhor ataque, com 45 gols.

É claro que o jogo praticado pelo Tricolor paulista na Arena do Grêmio, na última quarta, não pode ser jogado fora. A equipe dominou praticamente todas as ações do adversário, principalmente no primeiro tempo, e teve as melhores chances no ataque.

No entanto, para o São Paulo de Fernando Diniz avançar à final e seguir na briga pelo tão sonhado título inédito da Copa do Brasil, os atacantes não vão poder vacilar quando as oportunidades aparecerem.

– Na partida de volta temos que fazer o melhor jogo que puder, vamos jogar na nossa casa, temos que procurar fazer uma grande partida – disse Diniz.

Antes disso, porém, a equipe tem um desafio importante na brigada pelo título do Campeonato Brasileiro. No próximo sábado, às 21h, no Maracanã, o líder São Paulo enfrenta o Fluminense, pela 27ª rodada.

FONTE: Gazeta

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