Dorival quer reunião com Felipe Alves, e São Paulo não descarta reintegrar goleiro

 
De volta da Venezuela, onde enfrentou o Puerto Cabello na terça pela Copa Sul-Americana, o técnico Dorival Júnior quer se reunir com o goleiro Felipe Alves para resolver a situação do atleta, que ficou afastado dos jogos nas últimas semanas.

O treinador ficou incomodado com atitudes recentes do jogador e decidiu cortá-lo das últimas três partidas, contra o Sport, Vasco e Puerto Cabello. Agora, há a expectativa de que uma conversa possa reaproximá-los.

Felipe estaria disposto a se desculpar com Dorival, e no clube há a percepção de que o caso será resolvido com a reintegração do jogador.

Nesse período sem Felipe Alves, e com Jandrei machucado, Leandro, formado na base, foi alçado ao posto de reserva de Rafael.

O goleiro chegou ao São Paulo no meio do ano passado e terminou a última temporada como titular. Nesse ano, perdeu o lugar para Rafael e vê Jandrei à sua frente na disputa pela vaga.

Ele está emprestado pelo Fortaleza até o fim do ano, quando também termina o contrato dele com o clube cearense – o São Paulo concordou pagar cerca de R$ 1 milhão pelo negócio, mas admite um atraso em parcela, como reclamou um dirigente do Fortaleza nesta semana.

A diretoria tricolor, porém, nega que tenha a intenção ou que tenha procurado o Fortaleza para que rescindir o contrato e devolver Felipe Alves.

Não há, por enquanto, nenhuma negociação pela saída do atleta ou interesse de outro clube nele.

Entenda o que irritou Dorival

Três atos foram cruciais para a decisão. O primeiro deles foi o de Felipe se recusar a participar do aquecimento com os demais goleiros em um jogo no Morumbi após saber que seria cortado do banco de reservas. O atleta alegou que a esposa estava com um problema de saúde e, sabendo que não ia ser relacionado, deixou o estádio mais cedo.

Outra atitude que irritou não só Dorival como alguns companheiros foi a falta de entrega em um treino no CT da Barra Funda. Em uma atividade, Felipe Alves deixou de pular em bolas consideradas fáceis, e causou desconforto. O goleiro, porém, diz ter recebido orientações para pegar leve naquele treino, pois Jandrei já estava lesionado e eles não podiam perdê-lo também.

Por fim, a viagem a Fortaleza também teve atrito. Por pertencer ao Fortaleza, Felipe Alves não poderia jogar, mas mesmo assim Dorival queria que ele viajasse para participar do treino no dia seguinte ao jogo, no Ceará. O goleiro, porém, se recusou, alegando que imaginou que não iria viajar pela questão contratual e por isso marcou de acompanhar a esposa em uma cirurgia.

Nesta viagem, Dorival Júnior relacionou Leandro para ser segundo goleiro e teve que recorrer à base para achar um outro atleta, já que Jandrei estava lesionado. O único disponível foi João Pedro Pandinga, que jamais havia treinado no time principal.

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